terça-feira, 7 de junho de 2011

Primeiro momento

Encontro do dia 07-06-2011.
                - Conceito: ANGÚSTIA.
                - Alegoria.
                - Textos do Artaud.
                - Performance.

1º exercício: Edu Brisa
Atores: Leonardo França, Luciana Ramin, Rafael, Felipe e Leonardo Mussi.
1ª ação: aquecimento em roda, fazendo a marcação do movimento com os pés e palmas. A roda se desfaz mas os atores mantém o mesmo movimento. Individualmente os atores são chamados para perto do computador onde são mostradas imagens e passadas as próximas instruções.
2ª ação: Experimentar movimentos a partir da respiração. Respirar tendo como condutor partes específicas do corpo: pés, tornozelos, canelas, joelhos, coxas, quadril, bunda, barriga, peito, ombros, pescoço, cotovelos, mãos, cabeça. Mudanças de ritmo, ruídos da respiração, congelamentos.
3ª ação: Os atores congelam a ação e assistem imagens numa projeção; tentam reproduzir sons, vozes para aquelas imagens.








 Debate:

- Quem é o sujeito da angústia?
- Kiekegaard – O conceito de angústia.
- A imagem da Angústia na indústria cultural: bancos de imagens, videogames, filmes hollywoodianos.
- Falar da angústia? Partir da angústia? Chegar na angústia?






2º exercício: Fabrício Castro
Atores: Anderson, Rafaela, Adalberto, Juliana, Vanessa.
Platéia sádica: Edu, Leo França, Leo Mussi, Ivan, Naloana, Renato, Luciana, Rafael, Felipe.
1ª ação: Aquecimento livre. Contração e relaxamento do quadril, várias velocidades.  Músicas.
2ª ação: Mover-se sem parar, sem formas determinadas. Música.
3ª ação: Atores saem da sala e voltam um a um. A platéia comenta, aponta, critica os corpos, características, roupas, personalidade de cada um deles.
4ª ação: Caminhada lenta – 10 minutos. Na chegada, um papel e caneta. Produção de textos.
5ª ação: Leitura dos textos em variados registros.

Textos produzidos pelos atores:
ADALBERTO:
Prezado Sr.
O que faço com o tempo que resta? E com o tempo?
Não tenho certeza de nada. Minhas não me obedecem, nem o meu corpo. A rigidez por vezes, noutras tremores. O que faz? Meus pensamentos são claros, mas o corpo...
Sou apenas um peso. Peço, encarecidamente, que dispare a arma que está no criado mudo.
Deu me.

VAN:
Queria ter passado mais tempo com você, te vi tão pouco, te conheci tão pouco, não sei como você conheceu minha vó, não sei o que te levou aquela cidade, não sei o que você, gostava de fazer, não me lembro seu sobrenome completo, nem do seu sorriso, mas, me lembro muito de você como imagem, sei lá.

JU:
Aqui padeço do fim do meu ego.
Assim como que vê, já não posso mais sustentar o que há aqui.
Por isso deixo esse lugar com uma cicatriz incurável que sangrará sempre.
Como a sua, que sangra sem mesmo perceber que ela existe.
Padeço do fim, ou do entrave do meio termo, nem cá, nem lá, e essa verdade do meio é assombrosa.
Para onde vou depois que passo do meio é o fim? O ou o meio sempre?
Aí de onde me lê, confortável no seu princípio, já nem conhece o que será de tudo.
Eu reconheço agora, esgotada do tempo que me foi permitido ser.

ANDERSON:
Oi.................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................Adeus.

RAFAELA:
Adeus seu Dionísio, velho nojento. Adeus minha bisavó tia dialética. Adeus, João Antonio da Silva José Batista de Freitas Alves Costa Fernandes Maria de alguém.
Sonhei com o abraço que não dei, que não dava quando ainda vivia, pai... pais...

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